Estou cansado aquieto-me no canto espero o tempo passar dele, o tempo, espero apenas o rolar cada momento uma eternidade na eternidade serei apenas um instante. Meramente insignificante.
Arquivo por mês: Janeiro de 2015
jan 24
Hiato
jan 24
Trago
Respiro o veneno do teu amor dele o sopro derradeiro que me esvai por inteiro em fumaça aço e dor Respiro o hálito do teu olhar dele a minha sina o hábito e meia fina de sempre me apaixonar Respiro o meu próprio sonho o meu último ato imoral do belo e …
jan 24
Não me olhes assim.
Não me olhes assim nada tenho em ti nada quero de ti a tua distância me basta você e toda a tua casta. Quero a distância segura, um tempo de nenhuma aventura, morarei fora de ti mesmo na rua não me olhes assim. Me perderei em mim mesma e não serei sequer a …
jan 20
Beijo
Da boca mais que maldita, a prosa mais que proscrita denunciando o beijo teu, No ato mais que insano mais do que qualquer engano que meu amor já cometeu. O beijo mais que roubado, mais que maculado que a minha boca já deu é o beijo mais profano filho do amor mundano que minha …
jan 20
Ópio
Minha poesia é meu ópio, nela escapo do real, me escondo de mim próprio, me afundo no lodaçal. Mergulho no teu amor, idealizo o ato imoral no teu ventre revelador, que me absorve por total. Na poesia me abstenho, me abstraio e me obtuso, de desejar o que não tenho, no real e …
jan 16
Caminho
Caminho por entre a multidão, cada face estranha a entranha da solidão. Caminharei por teu coração semeando o meu eterno amor cada semente fecunda um novo amor que inunda o deserto da minha dor. Caminharei sereno com meu peito aberto ao afeto incerto do teu ser Sorverei o teu veneno buscando o …
jan 05
Leve
Leve pena do amor meu pena leve que se perdeu na brisa mansa da tua prosa no espinho morto de uma rosa no verso que você esqueceu. Na página virada do teu amor cada verso que não rimou no anteverso que arrependeu do beijo tão amargo no sonho tão acordado que nunca se deu. Na tinta rubra dos …
jan 05
Pisavas
Caminhavas nos céus da minha vida como quem pisavas em flores como quem navegava distraída flutuando num mar de amores. Pisavas nas linhas dos versos dispersos de todo o meu ser negavas o meu tanto amor não deixando o teu nascer. Cada passo nos céus que davas quedava um desejo que me passava …